domingo, 31 de janeiro de 2016

O extraordinário na obra de Haruki Murakami via Regiane Ishii

“Se algo realmente aconteceu – se o mundo em que estou agora de fato substituiu o antigo – então quando, onde e como a troca de faixas se deu, de modo concreto?”, pergunta Aomame, personagem de 

1Q84
Dividido em três volumes, somando mais de mil páginas, o novo romance do escritor japonês potencializa a experiência de seus personagens anteriores: o descompasso com o mundo ao redor.
Em seus romances, contos e até em sua produção de não ficção, Murakami conta histórias que mostram rotinas abaladas por estranhos acontecimentos.

 O dia a dia de seus personagens é desestabilizado por passagens que incluem uma paixão avassaladora, um elefante que desaparece ou, como em seu livro de entrevistas, um ataque terrorista. Após tais experiências, seus protagonistas são obrigados a conviver com duas realidades.
As mediações quase sempre se dão na Tóquio contemporânea – cidade que, por si só, já eleva a ideia de “realismo fantástico” a níveis inimagináveis. Nascido em Quioto, Murakami estudou na prestigiada Universidade de Waseda, em Tóquio, onde se formou em 1975.

 Durante a graduação, conheceu sua esposa Yoko. Juntos, abriram um bar de jazz chamado Peter Cat, em que trabalharam até 1982. Miles Davis, Charlie Parker e Stan Getz são nomes sempre presentes em suas entrevistas.
Foi aos 29 anos, em um momento lembrado como uma epifania durante um jogo de baseball, que Murakami decidiu ser escritor.


 Em uma descrição que lembra as experiências de seus personagens, onde o extraordinário arrebata o cotidiano, o autor recorda que saiu do estádio,

 comprou papel e caneta na famosa livraria Kinokuniya, no bairro de Shinjuku, e por meses dedicou seu tempo


 à escrita do primeiro livro, Hear the Wind Sing.

Haruki Murakami, um dos escritores contemporâneos mais populares. 3 vezes indicado ao Prêmio Nobel de Literatura.
Imagens google/ ilustração regina bittencourt/ www.harukimurakami.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário