sábado, 23 de maio de 2015

Bob Dylan Blowing In The Wind



Bob dylan (n. Duluth, minnesota, estados unidos, 24 de maio de 1941) , é um músico, cantor e poeta norte-americano,
considerado uma das figuras mais influentes da música popular do século xx e início do Século XXI.
 Grande parte do seu trabalho mais célebre data da década de 1960, em que se deu a conhecer

como cantor folk com composições como " blowin ' in the wind com um importante conteúdo de protesto social. O seu primeiro simples, "like a rolling stone",
foi eleito como a melhor música de todos os tempos pela Revista Rolling Stone.

Estaria morta a minha alma?de Charles Baudelaire



“Chegaste a este ponto de entorpecimento que não te alegras senão com teu próprio mal. Se é assim, fujamos, então, para os países que são as analogias da morte. Já sei o que devemos fazer, pobre alma! Nós faremos nossas malas para Tornéo.
 
mais longe da vida, se é possível; nos instalaremos no pólo. Lá o sol não roça senão obliquamente a terra, e as lentes alternativas da luz e da noite suprimem a variedade e aumentam a monotonia, essa metade do nada.

Lá nós poderemos tomar longos banhos de trevas, enquanto que para nos divertir as auroras boreais nos enviarão, de vez em quando, seus fachos róseos, como reflexos de fogos de artifício .....!”

Enfim, minha alma explodiu e sabiamente gritou para mim: “Não importa onde! Não importa onde! Desde que seja fora desse mundo!”
imagens retirada facebook rafaelita

O coração da máquina -– Vogue Itália



 Vogue Itália decidiu falar de um tema espinhoso que critica a própria indústria da moda: as oficinas de costura espalhadas pelo mundo que escravizam seus funcionários.

O tema não é novidade, mas o problema parece estar muito londe de chegar ao fim. Todo dia a gente fica careca de ver notícias sobre o assunto sendo divulgadas.




 São pedidos de socorro que chegam em etiquetas, são reality shows
 que tentam mostrar a realidade dessas oficinas pra quem não faz nem ideia do que se passa ali dentro, são operações relatadas nos jornais que conseguem resgatar pessoas que trabalham em condições desumanas.






Sob o título de “The Heart of The Machine”, o editorial fotografado por Steven Meisel traz fotos bem escurecidas e cheias de sombras, tirando qualquer tipo de emoção trazida pelas cores, o que dá ainda mais ênfase a seriedade e ao clima pesado do ensaio.

As fotos enfatizam as péssimas condições do local de trabalho, o serviço repetititivo, a exaustão das trabalhadoras e a pouca comida sendo ingerida às pressas. Uma realidade dura, suja e assustadora.
Dá pra notar que houve um cuidado muito grande, tanto por parte do fotógrafo quanto por




parte de quem fez a produção do editorial, em mostrar que apesar de ser uma

 “sessão de fotos de moda”, o tema mostrado foi tratado com seriedade.
As imagens não soam pejorativas, não querem transformar o problema em algo glamourizado ou simplesmente criar polêmica em cima do tema.

 Pra mim, soa uma discussão séria, uma forma encontrada pela revista e pelo fotógrafo de fazer uma crítica social da forma como eles podem e através do veículo que estão representando.






Se a moda caminha pra frente e representa o novo, nada mais óbvio do que ela servir como um reflexo do que acontece no mundo. Do que há de melhor e pior, do que há de mais belo e de mais sujo.

 Que ela seja, portanto, mais crítica em relação a sociedade que a usa e muito menos do que usa a sociedade.

The Heart of The Machine – Vogue Itália (fevereiro de 2015)
Fotógrafo: Steven Meisel